quinta-feira, 10 de julho de 2014

Siringoma, Milium e Comedão fechado

Você sabe a diferença e como identificá-los?
4 de julho de 2014 por Mariana Negrão

Hoje vou falar sobre três lesões de pele extremamente frequentes na estética e que compreender suas diferenças e saber identificá-las é extremamente importante para evitar erros e cicatrizes nos clientes, já que cada uma delas se trata de forma específica e diferenciada. Muitos profissionais acreditam que dominar as técnicas de tratamento é o que é mais importante na estética, mas não podemos esquecer que saber identificar lesões e avaliar é o que vai nortear a escolha da melhor técnica e dessa forma se obter o sucesso ou fracasso da terapia.
siringomaSiringoma é um tumor benigno derivado dos ductos de glândulas sudoríparas. São lesões pequenas que geralmente se localizam na região dos olhos (muitas vezes confundidos com milliuns), da cor da pele ou amareladas, geralmente são mais achatados e de consistência endurecida. O tratamento aqui é remoção com dermatologista. Há uma tendência genética para o desenvolvimento deles. Histologicamente, o siringoma consiste da proliferação de numerosos pequenos ductos das glândulas sudoríparas acometidas, cujas paredes são revestidas usualmente por duas fileiras de células epiteliais achatadas, localizadas na derme papilar e reticular superior (segunda camada da pele). Alguns ductos ficam tão proliferados que ao microscópio observamos como se fossem pequenas caudas semelhantes a vírgulas, dando-lhes a aparência de girinos.
milium (1)Milium é um cisto formado por acúmulo dequeratina, são superficiais e na maioria das vezes epidérmicos. São lesões esféricas, geralmente móveis, indolores, de consistência elástica ou endurecida. Podem variar de pequenos cistos (menores de 1cm) até lesões com vários centímetros de tamanho. Seu tratamento consiste em ser retirado com agulhas por profissionais capacitados. Geralmente encontrados na face, especialmente ao redor dos olhos.
acne_comedcomedão fechado é o resultado da obstrução de um folículo piloso da pele (poro) por queratina e sebo. Surgem como pequenas lesões ligeiramente elevadas, de 1 a 3 mm de diâmetro. Geralmente é esbranquiçado ou da cor da pele e sua localização ocorre em toda a face. O tratamento é feito através de limpeza de pele extraindo-se o comedão.

Referencias
AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia Básica. 2ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2000.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Antero Greco: O zagueiro que tirou Neymar e as ideias de jerico

publicado em 6 de julho de 2014 às 15:08

Fabio Remaco, no Facebook, teve a preocupação de mostrar as imagens que a mídia não mostra: os frames de vídeo revelam que o zagueiro colombiano foi e saltou para a disputa de uma bola alta olhando para a bola, assim como Neymar. Pode, sim, ter havido maldade, mas a posição do joelho é consistente com a de um jogador que sobe para disputar a bola. Não dá para condená-lo antecipadamente como criminoso usando o “domínio do fato” sem uma análise das imagens que comprove intenção.

Já o gráfico da Folha não reproduz a bola no alto, mas diante de Neymar, o que pode dar a impressão de que Zunica buscava uma bola inalcançavel e aproveitou criminosamente para tirar o brasileiro de campo. As ilustrações e as legendas acima foram acrescentados pelo Viomundo ao artigo de Antero Greco, que segue abaixo:
Ideias de jerico
06.07.2014 | 10:49
Por Antero Greco, em seu blog
A seleção está a dois passos de outro título. No entanto, o fim de semana ainda é de comoção. A alegria pela vaga na semifinal quase se transformou em luto nacional.
Desde sexta-feira, a pátria do futebol está apreensiva, emocionada, revoltada, indignada por causa do episódio que tirou Neymar da Copa. A joelhada nas costas do rapaz atingiu 200 milhões de pessoas que, de improviso, se uniram para exigir o justiçamento do colombiano Juan Zuñiga.
O zagueiro virou o inimigo público número 1 do brasileiro, sem direito a defesa nem apelação. O veredicto foi ditado na hora, segundos depois do choque com Neymar, já bem perto do encerramento do jogo mais truncado e cheio de faltas de toda a competição. Faltas duras, de ambos os lados, é bom ressaltar.
A histeria espalhou-se, ampliou-se, contaminou com a velocidade das imagens, do som, da força das redes sociais e do oportunismo de certo setor da mídia. A entrada estabanada, destrambelhada, estouvada foi vista, revista, reprisada por todos os ângulos, em câmera lenta, com música pungente ao fundo, narração lúgubre, apresentador com olhos marejados e cheios de indignação. O rival virou inimigo.
Zuñiga, até anteontem conhecido apenas por aqueles que acompanham o futebol internacional, se transformou na encarnação do capeta, um serial killer, novo Jack, o Estripador, um assassino sanguinário, delinquente desalmado. Isso para ficar nas qualificações mais amenas. Fora as injúrias racistas de praxe. Pediu-se até prisão, sem contar as sugestões de esquartejamento, eletrocução, enforcamento. Os mais piedosos se contentavam com espancamento. Por pouco, não se declarou guerra à Colômbia.
Pessoal, isso tudo é absurdo. O futebol empolga, mexe com emoção, faz vir à tona o que temos de melhor – e de pior. Para espíritos mais fracos, provoca confusão a respeito do que significam esporte, cidadania, nação, justiça, bom senso, generosidade. Perdão.
Compreensível que, num primeiro momento, sobressaia a revolta. A Copa chegava a um estágio decisivo e Neymar, mesmo com desempenho instável, era a grande esperança do Brasil. Agora está fora, o que, para muitos, é prenúncio de tragédia inevitável.
Portanto, era preciso buscar vilão – e Zuñiga veio a calhar. O moço foi duro, desmedido na dividida. Houve pitada de maldade. Mas, como afirmar que entrou para quebrar, embora esse tenha sido o resultado final do entrevero? Lances de risco se repetem à exaustão num jogo. Tanto que, na hora, não houve reclamações e a partida seguiu. Todos tomaram como disputa mais quente, e só. Houvesse ocorrido com James Rodríguez e diríamos que era do jogo, pois “futebol é contato”.
Neymar logo vai se recuperar, voltará aos dribles e aos gols. A seleção poderá provar, apesar da forma traumática, que é forte, mesmo sem seu principal jogador.
Deixemos ideias de jerico de lado. As semifinais serão vibrantes, com Brasil x Alemanha e Argentina x Holanda.
PS 1 do Viomundo: É nossa opinião não especializada que o zagueiro não preparou as costas do Neymar para que a joelhada tivesse um efeito maior, como escreveu Paulo Moreira Leite, que viu distinção no tratamento dado a Luis Suárez e a Zuñiga pela mídia — ela não teria protestado suficientemente contra o que aconteceu com Neymar. A teoria de PML é de que, sem Neymar, o Brasil perde, o que segundo ele interessa à mídia. Acho ruim ver a Copa apenas pelo viés eleitoral ou geopolítico, quando também tem futebol envolvido.
Presumo que a distinção entre os casos do atacante uruguaio e do zagueiro colombiano tenha a ver com intencionalidade, sobre a qual não existe dúvida no caso de Suárez. Confesso que não vejo como o Merval Pereira seja capaz de derrotar a seleção brasileira.
Além disso, seleções são criticadas em todos os países do mundo — na Itália, na França, na Alemanha, na Espanha, basta ler a mídia esportiva para constatar que existem alguns bilhões de técnicos e especialistas em futebol em todo o planeta.
Porém, acho que tem gente da oposição torcendo para ver a Dilma entregar a taça ao Messi, uma foto que, do ponto-de-vista destas pessoas, é impagável para a campanha que se avizinha.
PS 2 do Viomundo: Temos enfrentado muitos problemas com o Facebook, tanto nos comentários quanto nos compartilhamentos.
Não sabemos se é um problema técnico ou boicote politicamente motivado, uma possibilidade já que nosso conteúdo destoa dos da mídia tradicional e a extrema-direita está numa ofensiva feroz.
Portanto, sugerimos aos leitores que pretendem compartilhar que usem diretamente o link no topo de cada post para reproduzir em suas páginas. Obrigado e estamos investigando.