quarta-feira, 30 de julho de 2014

Esteróides e anabolizantes: Os caminhos que podem não ter volta

A busca pela forma ideal tem começado cada vez mais cedo e os jovens são a maioria quando o assunto é esteróides anabolizantes. 

Uma pesquisa do IBGE, feita com mais de 100 mil estudantes entre 13 e 15 anos, nas cinco regiões do país, mostrou que os jovens estão demasiadamente preocupados com o corpo. Segundo o estudo deste ano, 31% das meninas fazem regime e 21% dos meninos se preocupam em ganhar mais peso e músculos. Na busca pelo corpo ideal, os jovens se deparam com a promessa de um caminho mais curto. São os esteróides anabolizantes, também conhecidos como “bomba”, os atalhos. Apesar de atraentes em um primeiro momento, as substâncias são perigosas e podem levar à morte.

Os esteroides androgênicos anabólicos (EAA) ou AAS (do inglês anabolic androgenic steroids) são uma classe de hormônios esteroides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. Apesar de trazerem benefícios estéticos, os esteroides anabolizantes são uma espécie de maquiagem. Seus resultados fisiológicos são passageiros e só funcionam enquanto se faz uso deles e se pratica atividades físicas exaustivamente, o que cria a dependência e os danos à saúde.

No mês de abril, o Profissional de Educação Física Fernando Vitor Lima [CREF 000911-G/MG], Professor Doutor da UFMG, ministrou uma palestra com o tema “O uso de esteróides anabolizantes na prática de atividades físicas”, durante o I Fórum de Bioética dos Conselhos Profissionais de Saúde de Minas Gerais. Fernando falou sobre o uso indiscriminado dessas substâncias em ambientes de atividades físicas e seus graves efeitos nocivos. Contou ainda que, em alguns casos, os usuários já têm um roteiro de invenção de sintomas para conseguir a prescrição legal da testosterona - hormônio sexual masculino, do qual se deriva a maioria dos esteroides. “A distinção entre o doping, que é ilegítimo e a forma socialmente aceita, está cada vez menor”, concluiu. Em entrevista à Revista Educação Física, Fernando discorreu sobre o assunto que foi tese do seu doutorado, defendido na Universidade do Porto, em Portugal.

REF  Que tipo de pessoa pode fazer uso dos esteroides anabolizantes?

Fernando Vitor Lima – Esteroides anabolizantes são medicamentos que tem uma indicação terapêutica. Neste caso é necessário um diagnóstico médico, assim como para a prescrição da maioria dos medicamentos. Usualmente podem ser indicados para mulheres com osteoporose na menopausa, adolescentes com atraso na maturação, redução da função sexual e anemia, entre outros sintomas.

REF - De que forma o Profissional de Educação Física pode ajudar a evitar o uso dessas substâncias no meio em que convive?

Fernando Vitor Lima - Esta é uma questão muito complexa, mas podemos dizer que de acordo com o cenário atual, é importante disseminar informações realistas sobre os efeitos destas drogas e não somente reproduzir informações disseminadas pelo mercado paralelo que busca vendê-las para atender um anseio dos praticantes de atividades físicas. Mas também não penso que o caminho seja disseminar somente as informações sobre as reações adversas, porque isso não conduz a redução ou término do uso. O cenário de uso crescente atual comprova isto. Se o Profissional conquistar a confiança dos seus alunos com uma atuação séria, bem fundamentada cientificamente na prescrição do treinamento, ele poderá exercer maior influência no sentido de evitar ou diminuir o uso no seu meio. Mas o problema vai muito além.

REF - Os usuários têm consciência dos problemas que essas substâncias podem acarretar?

Fernando Vitor Lima - Penso que sim, porque as informações que são mais divulgadas pelas mídias tradicionais são exatamente sobre as reações adversas. Todas as vezes que uma matéria é veiculada em um jornal ou televisão, a abordagem é essa. Isto também acontece com os materiais informativos e educativos que são elaborados por instituições governamentais, privadas. Mas isso parece que não vem sendo a estratégia adequada para reduzir o uso.

REF - O padrão de beleza atual (tanto homens, quanto mulheres fortes) fez aumentar o uso dessas substâncias?

Fernando Vitor Lima - Sem dúvida, porque já sabemos que as pessoas buscam duas coisas diretamente: ficarem mais fortes e musculosas e obter isto rapidamente. Sendo assim, ao saberem que os anabolizantes podem proporcionar as duas coisas e, supondo ou sabendo que muitas destas pessoas fazem uso, lançam mão deste recurso. Não penso que o padrão de beleza seja ruim, pelo contrário, até acho bom que as pessoas queiram desenvolver suas musculaturas e cultuarem seus corpos. O problema é a maneira como fazem isto, ou seja, utilizando recursos que podem prejudicar a saúde. E, além disto, os ganhos obtidos desta forma são temporários, não podendo ser mantidos por muito tempo ao se interromper o uso dos anabolizantes e, caso a pretensão seja um uso mais prolongado, as reações adversas serão muito mais desagradáveis, o que poderá até interromper o treinamento. No final, o resultado pode ser a reversão dos ganhos obtidos na beleza corporal. Eu penso que não vale a pena, porque devemos buscar a nossa beleza física para toda a vida e não só temporariamente e dependente de algo que pode prejudicar a saúde e, em longo prazo, prejudicar nossa capacidade de treinar adequadamente.

Alerto finalmente, para que os Profissionais de Educação Física e de outras áreas da saúde, assim como a população praticante de atividades físicas, desconfiem de falsos “experts” que disseminam uma interpretação inadequada do conhecimento científico sobre este tema.

Matéria publicada pelo site CONFEF 




Para o corredor, é quase normal sentir dor após um treinamento, mesmo que não seja lesão. Isso pode ocorrer quando determinadas atividades solicitam excessivamente o sistema muscular apresentamos queixas de dores difusas. Nesse caso é importante verificar a presença de nódulos, os quais podem ser ativos (onde há queixas de dor) ou latentes (quando presentes, mas sem queixa de dor).
Acesse o blog da Educação Fisica

A massagem é uma terapia que pode ajudar muito o corredor nesse processo de recuperação. Em todos os tipos de massagem, o terapeuta centra a sua atenção no cérebro, na desportiva, pensa-se nas necessidades individuais do atleta. O aumento do número de praticantes, aliado ao incremento da competitividade e intensidade do exercício, contribuíu para elevar o estatuto da massagem, agora, mais do que nunca, reconhecida como um meio privilegiado de recuperação.

A massagem desportiva deve ter pontos em comum  com outros tipos de tratamento dentro do âmbito da massagem e é muito importante acumular grande conhecimento de anatomia e fisiologia, em particular os sistemas muscular e esquelético. Ao compreenderse estes sistemas e os efeitos do exercício, pode apreciar- se como a massagem beneficia o atleta e se toma parte integral do programa de treino.

Contra indicações

A massagem desportiva é desaconselhada em diversas situações, quando o prejuízo se sobrepõe ao benefício. Por isso, os atletas devem evitar a massagem quando se verificarem os seguintes casos:
• Temperatura do corpo superior a 38 graus ou mal-estar do atleta.
• Existência de traumas, feridas abertas, contusões recentes, roturas musculares, entorses, frieiras e queimaduras .
• Tumores.
• Doenças circulatórias (veias varicosas, flebites, tromboses).
• Cancro
• Melanoma
• Hemofilia
• Doenças de pele infecciosas (infecções bacteriológicas,de fungos,virais e herpes).
• Reacção adversa ao tratamento.
• Situação que recomende conselho médico.
• Diabetes (a massagem tem o mesmo efeito que o exercício nos níveis de açúcar do sangue. Por isso, é necessária medicação apropriada).

Benefícios

A massagem desportiva bem aplicada é o método mais eficaz para resolver problemas de tensão muscular e restabelecer o equilíbrio do sistema músculo esquelético.
Se for utilizada regularmente, ajuda os atletas e prevenir lesões, cuja origem pode estar relacionada com a sobrecarga de treino. Um programa mais intenso prejudica os músculos, assim como articulações, ligamentos e tendões.
Os desequilíbrios musculares podem desenvolver-se e, sem diagnóstico preciso, atingir um estádio grave, capaz de causar desconforto ou impedir o desempenho desportivo. Um massagista experimentado consegue detectar variações nos tecidos mais finos. A utilização de técnicas correctas ajuda a manter um estado físico saudável.
Assim, depois de uma prova ou treino longo, nada melhor do que uma massagem desportiva para relaxar os músculos, propiciando oxigenação para que as fibras musculares relaxem e evitem câimbras. Não podemos nos esquecer, entretanto, que a massagem, quando realizada antes do treino/prova, tem como objetivo estimular a circulação sanguínea dos músculos e os preparar para a jornada que virá. Certamente sua performance será muito melhor e a sua recuperação mais rápida e menos "dolorida".
Idosos podem e devem praticar exercícios físicos
Já é muito bem estabelecido que atividade física traz muitos benefícios  para a saúde física e mental, e isso não poderia ser diferente na terceira idade: todo idoso pode e deve praticar algum tipo de atividade física. Qualquer atividade física é melhor que nenhuma, ou seja, não é necessário realizar uma atividade 5 vezes por semana para começar a colher os frutos. Se um idoso começar caminhando 1 vez por semana, depois de algum tempo já notará os resultados.

Entretanto é fundamental que os idosos tomem alguns cuidados  antes de iniciar uma atividade física. Primeiramente é necessário consultar um médico geriatra para que seja realizada uma avaliação clínica de seu estado de saúde e de sua capacidade física. Depois de liberado para iniciar uma atividade física por seu médico, o idoso deve procurar as orientações de um educador físico para diminuir os riscos de lesões, para adequar um programa que respeite as limitações de cada praticante, além de auxiliar a encontrar uma modalidade que mais se encaixe nas preferências e no perfil de cada um. Não existe uma idade limite para se iniciar a prática de atividade física, ou seja, nunca é tarde para começar.

Os benefícios são muitos: o ganho de força, a melhora do equilíbrio e o aumento da amplitude dos movimentos, levando à melhora da funcionalidade, o que facilita a realização das atividades do dia a dia; a prevenção de quedas; a prevenção de declínio cognitivo; a melhora do funcionamento intestinal; o aumento da autoestima; o aumento da capacidade cardiopulmonar e o auxílio no combate de sintomas de doenças como depressão, doença pulmonar obstrutiva crônica, mal de Alzheimer, entre outras.

As modalidades mais recomendadas são aquelas que tragam prazer e que estimulem o idoso a uma prática regular. Quando for optar por uma modalidade específica, o idoso deve levar em conta a preferência pessoal, facilidade de acesso, se há exigência de uma instalação específica para sua prática (ex.: piscina, academia, etc.), custo financeiro e se a modalidade escolhida é compatível com sua condição física. Por exemplo: um idoso com artrose severa de joelhos terá mais facilidade de exercitar-se na piscina.

A prática de atividade física não é isenta de riscos em nenhuma faixa etária. Os idosos devem respeitar seus limites individuais e sempre seguir as orientações de seu médico e educador físico. Sempre que apresentar alguma dor ou desconforto, deverá reportá-lo e valorizá-lo para que essa prática não cause lesões nem torne-se prejudicial a sua saúde.

Não há uma restrição generalizada por modalidade, mas algumas vão exigir uma preparação mais específica e supervisionada e alguns pacientes podem apresentar restrições individuais que podem impedi-los de exercer alguma modalidade específica. Por exemplo, um paciente com sequela de um acidente vascular encefálico que não movimente uma de suas pernas não poderá praticar ciclismo, mas conseguirá praticar a natação.

Mas atenção: sempre que for iniciar uma atividade física, o idoso deve antes consultar seu médico.

O esporte e a formação do cidadão

FONTE: Prof.Rubens Gabriel Pereira Diretor Canali System Brasil Personal Trainer Body Tech – Koatch – Renaissance Fitness Árbitro de Ginástica Artística Masculina Ex-Técnico de Ginástica Artística Comentarista Esportivo - Rede Bandeirantes de televisão
Prof.Rubens Pereira
Conhecer o esporte é um direito garantido por lei ao cidadão brasileiro. Mas o esporte enquanto manifestação competitiva, onde os melhores ganham e os piores são eliminados, não deve ser considerado como melhor ferramenta para a formação do indivíduo como cidadão.
Para isso a constituição de 1988 apoiada pela “lei Pelé” de 1998 direcionam o investimento público para a formação do cidadão usando o esporte como ferramenta de apoio. Podemos chamar esta ferramenta de esporte educacional.
Vamos falar de algumas diferenças entre o esporte de alto rendimento e o esporte educacional.
No alto rendimento vemos um objetivo principal muito claro, a vitória. Deste modo, o atleta será formado para ser o melhor, o mais forte, o mais veloz.
No esporte educacional o objetivo é a formação do cidadão. Aprender, através do esporte, a respeitar o próximo e entender que todos tem os mesmos direitos e deveres.
Mas como dois objetivos tão diferentes podem ser alcançados com a mesma ferramenta?
Regras
No alto rendimento as regras são estabelecidas pelas federação que organiza a modalidade, visando estabelecer como vencedor o atleta que melhor se adaptar a elas.
No esporte educacional as regras são adaptadas para os alunos poderem participar juntos, não importando suas características físicas. Em um jogo de basquete por exemplo, podem jogar juntos crianças altas e baixas, mais velhas e mais novas, meninos e meninas, etc.
Inclusão
No esporte alto rendimento a idéia de ser o melhor e alcançar a vitória baseada nas regras da competição exclui a maioria das pessoas. Quem continua no jogo é sempre o mais forte, veloz ou resistente.
No esporte educacional o componente lúdico se transpõe ao competitivo permitindo assim que todos participem e tenham a possibilidade de conhecer e superar seus próprios limites.
Interesses
O esporte de alto rendimento está submetido aos interesses das empresas que patrocinam a modalidade. O dinheiro fala mais alto e faz com que a idéia da vitória seja a mais importante.
No esporte educacional o interesse do aluno em participar do jogo e interagir com os outros é mais importante do que a vitória. O dinheiro, quando existe, tem origem governamental ou privada no sentido de incentivar a prática e não da propaganda.
O fato comum desses pontos é que o esporte de alto rendimento é hoje um grande negócio mundial baseado na competição e financiado por grandes empresas que usam o sucesso do esporte na mídia para fazer propaganda de seus produtos.
Já o esporte educacional tem como objetivo maior a inclusão social e a formação de cidadãos que respeitam o próximo como ele é.
FONTE:  Prof.Rubens Gabriel Pereira