quinta-feira, 30 de julho de 2015

Você conhece Treinamento Intervalado? Sabe par que serve?

A cada dia surgem novas propostas de treinamento físico voltadas para o emagrecimento (redução de gordura) que sejam mais eficientes e mais econômicas – tanto no bolso quanto na rotina das pessoas. Neste texto conheceremos um pouco mais a fundo sobre uma dessas propostas.
Com tantos métodos a nossa disposição, não há mais tanta certeza sobre o que é de fato dirigido a nós, haja vista que as abordagens comumente utilizadas (atividades aeróbicas de longa duração) não têm sido muito eficientes na redução da gordura corporal. Instituições como o NIH (National Institute of Health, EUA)¹ apontam a eficiência das abordagens antigas como “modesta” para redução de peso corporal (redução de apenas 2 a 3% no peso ou IMC, ao longo de um período de treinamento) por exemplo. Nessa perspectiva, temos estudado propostas mais eficientes que apresentem coerência e respaldo científico dentro do processo de emagrecimento através da atividade física, propostas para aplicarmos com coerência em nosso espaço de Treinamento Funcional, a Physioterapia & Consultórios. Como consequência dessas buscas nos deparamos com os crescentes estudos sobre o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade [High-Intensity Interval Training (HIT ou HIIT)].

O HIT é uma proposta de atividades físicas cíclicas – corrida, ciclismo, natação etc., aplicadas em alta intensidade por um curto período de tempo com intervalos de descanso; como exemplo, na corrida aplica-se 30 segundos de estímulo intervalados por vinte segundos de descanso, repetindo esse ciclo de 7 a 10 vezes. Entretanto, a eficiência do HIT é dada pela administração adequada dos estímulos e descansos, sendo altamente recomendado a presença de um profissional de Educação Física que domine esse campo. Com relevância ainda maior, a intensidade é prescrita a partir das medidas da Capacidade Aeróbica Máxima (VO2máx) e/ou Frequência Cardíaca Máxima (FCmáx), este aspecto é o mais importante dentro do treinamento intervalado de alta intensidade, e deve ser rigorosa e responsavelmente controlada.
A importantíssima revisão de literatura conduzida pelo professor Martin Gibala² da McMasterUniversity, Canadá, propõe que o HIT é igual ou ainda superior aos protocolos de treinamento de longa duração e baixa intensidade (treino aeróbio contínuo), com a vantagem de poder ser realizado com uma duração muito menor (variando de 4 a 20min). As transformações metabólicas promovidas pelo HIT geram adaptações físicas importantes também para a saúde, aumentando a capacidade respiratória, a força muscular e o sistema cardiovascular.
Por fim, é de suma importância garantir a segurança na aplicação desse tipo de treinamento – conhecer as capacidades físicas de quem está sendo treinado, bem como o histórico clínico pessoal e familiar, além de um respaldo médico,são recomendações essenciais. Os protocolos de HIT podem ser adaptados ao longo do tempo iniciando com intensidades mais baixas e com intervalos maiores, sendo aos poucos aumentado a exigência do esforço no treinamento³. Assim, novos estudos estão a passos largos sendo realizados e certamente trazendo mais solidez para as abordagens intervaladas, incluindo também o treinamento resistido como estratégia para redução de gordura corporal.
Em nosso espaço, a Physioterapia & Consultórios, nossos instrutores/professores estão sempre em busca do que há de mais novo e mais eficiente dentro do universo científico para aplicar à realidade dos nossos clientes. Promovendo um trabalho integrado entre profissionais de Educação Física, Nutrição e Fisioterapia, nossa equipe está mais do que preparada para proporcionar o melhor serviço para a sociedade, seja na saúde, na performance e/ou na estética, o importante é salientar que estamos alinhados com o que é eficiente.

Nárlon Cássio Boa Sorte Silva, Profissional de Educação Física e Personal Trainer (CREF: 123192-G/SP).
1.    NIH (1998). Clinical Guidelines on the Identification, Evaluation, And Treatment of Overweight and Obesity in Adults. Disponível em: http://goo.gl/4r2aCn
2.    Gibala, M. J. et al. (2012), JounalofApplyedPhysiology. 590.5 pp 1077–1084. Disponível em:http://goo.gl/dWj98b

3.    Gentil, P. (2014), Emagrecimento: Quebrando Mitos e Mudando Paradigmas. Edição Independente: Charleston, SC, USA.